Eu, por eu mesma!

As vezes sou tão grande que não caibo em mim.
Há pouco espaço para tantos sentimentos, pensamentos e emoções.
Ser eu é ser muito complexa, se igualar a ventanias tempestuosas ou a águas límpidas e calmas às vezes.
Não procuro respostas, procurei compreender-me por muito tempo, hoje vejo que não há compreensão quando o conjunto é ainda maior do que eu possa imaginar. Simplesmente aceitei-me.
Como furacão ou como uma leve brisa, apenas aceitei-me, vejo que cada um tem uma impressão do que eu sou ou do que eu possa ser.
Essa curiosidade humana muitas das vezes me incita, me instiga e por fim não me importo que sejam elas boas ou ruins, gosto mesmo é dos rostos perdidos procurando uma resposta assim como há muito eu procurei.
Muito da vida não foi criado para ser compreendido, indo contra as leis da ciência vejo que sentir é mais profundo que compreender.
Não posso levar comigo tudo aquilo que com a experiência aprendi, como não poderei negar as cores, os cheiros e os gostos que sinto quando trata-se de pessoas, de vida, de destinos.
Se hoje vejo colorido, se sinto cheiro de maçãs é simplesmente porque parei de procurar nos outros a felicidade, de ver os defeitos e não as qualidades, de ver as diferenças e não as igualdades.
Entendi que realização é uma palavra que depende mais de mim do que dos outros fatores externos do mundo, assim como das outras pessoas.
Vejo com clareza que cada um de nós temos algo de bom e isso sim deve ser valorizado, analizado, expandido.
O preto, o cinza, o gosto de lama, o cheiro de podre ... tudo isso por fim descobrimos que está em nós, na forma como enxergamos o outro, nas poucas oportunidades que oferecemos, nos poucos perdãos que distribuímos.
Se causamos destruição ou bonança o importante é que algo de nós fique implantado e que as nossas experiências sejam sempre inesquecíveis, independente se forem boas ou ruins.
Não podemos oferecer apenas o bem, mas podemos enxergar nos outros apenas o bom.

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