Eu, por eu mesma!

As vezes sou tão grande que não caibo em mim.
Há pouco espaço para tantos sentimentos, pensamentos e emoções.
Ser eu é ser muito complexa, se igualar a ventanias tempestuosas ou a águas límpidas e calmas às vezes.
Não procuro respostas, procurei compreender-me por muito tempo, hoje vejo que não há compreensão quando o conjunto é ainda maior do que eu possa imaginar. Simplesmente aceitei-me.
Como furacão ou como uma leve brisa, apenas aceitei-me, vejo que cada um tem uma impressão do que eu sou ou do que eu possa ser.
Essa curiosidade humana muitas das vezes me incita, me instiga e por fim não me importo que sejam elas boas ou ruins, gosto mesmo é dos rostos perdidos procurando uma resposta assim como há muito eu procurei.
Muito da vida não foi criado para ser compreendido, indo contra as leis da ciência vejo que sentir é mais profundo que compreender.
Não posso levar comigo tudo aquilo que com a experiência aprendi, como não poderei negar as cores, os cheiros e os gostos que sinto quando trata-se de pessoas, de vida, de destinos.
Se hoje vejo colorido, se sinto cheiro de maçãs é simplesmente porque parei de procurar nos outros a felicidade, de ver os defeitos e não as qualidades, de ver as diferenças e não as igualdades.
Entendi que realização é uma palavra que depende mais de mim do que dos outros fatores externos do mundo, assim como das outras pessoas.
Vejo com clareza que cada um de nós temos algo de bom e isso sim deve ser valorizado, analizado, expandido.
O preto, o cinza, o gosto de lama, o cheiro de podre ... tudo isso por fim descobrimos que está em nós, na forma como enxergamos o outro, nas poucas oportunidades que oferecemos, nos poucos perdãos que distribuímos.
Se causamos destruição ou bonança o importante é que algo de nós fique implantado e que as nossas experiências sejam sempre inesquecíveis, independente se forem boas ou ruins.
Não podemos oferecer apenas o bem, mas podemos enxergar nos outros apenas o bom.

Para os amigos da Pedagogia!

Queridos amigos, como prometido está disposto o calendário para os debates:


DEBATES EM EDUCAÇÃO - 09, 10, 11, 12, 13/08/2010 Ficheiro:Logo Univale.gif

09/08/10 - Conferência de abertura: Tempos e espaços na escola em tempo integral
Profa. Dra. Lígia Martha c. da Costa Coelho - UNIRIO

10/08/10 - Educação e Território
Dr. Haruf Salmen Espíndola
Dra. Maria Gabriela Parenti Bicalho
Dra. Maria Celeste R. F. de Souza

11/08/10 - Educação Inclusiva
Eliene Nery Santana Enes
Leila Salgado
Maira Alvarenga de Souza
Josélio Ricardo Nunes

12/08/10 - Educação e Trabalho
Edson - Federação dos trabalhadores ( CAMPUS I )

13/08/10 - Confraternização

Serão 250 vagas e a inscrição deve ser feita pelo site www.univale.br, vale ressaltar que é gratuita e aberto ao público. Não deixem de participar!

Um grande bju a todos vcs!

Amor e sexo... ou seria sexo e amor?


Acordei hoje querendo falar de amor, para ser mais sincera querendo sentir o amor. O vazio na escuridão do meu quarto me remeteu a uma profunda nostalgia, épocas em que o amor não era apenas um desconhecido mas parceiro fiel, inseparável. Nesse momento da minha vida, assim como muitas outras mulheres vivo as consequências da independência e essa falta de amor é uma delas creio eu. Não a falta em si, aparecem sempre alguns pretendentes querendo conquistar esses corações " frios " segundo eles, mas a falta da " necessidade " do amor. Se o corpo exige algo físico, simples, também arrumamos uma solução para isso, são os chamados " casos casuais " mais uma vez desprovidos de amor, onde os parceiros se completam pela necessidade e ponto. Sem demasiados porquês. Não há troca de sentimentos, apenas troca de prazeres, isso quando não estamos naqueles " dias egoístas " em que vc não quer saber de empatia apenas satisfazer-se, simples assim . Tem uma crônica de Arnaldo Jabor que gosto muito, ela separa perfeitamente o amor do sexo uma crônica com cara de século XXI, onde ele diz que " para os mais práticos sexo é a única coisa concreta". Bem não vou ficar retalhando a crônica, vou disponibilizá-la inteirinha para vcs e sei que no fim irão pensar: CONCORDO!

Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.

Bem, tentei evitar o assunto, afinal dizem que sou polêmica e com receio de errar em meu julgamento não expus o caso de acordo com meu ponto de vista, mas como ele tem sido a pauta preferida de todos nas últimas semanas, resolvi opinar. Não que eu esteja certa ou errada. Não vou julgar, apenas opinar. Na faculdade, no ônibus, no clube, nos barzinhos... enfim só de fala do " Caso Bruno ".

Embora as opiniões sejam diversas uma coisa temos que entender pra início de conversa: a polícia foi desorganizada e se lançou em pleno show bussines. Vergonha nacional, Minas Gerais hoje já não é comentada pela excelente educação sendo considerado o 2º melhor estado do país neste quesito, mas sim pelos sucessivos erros das " delegadas chapinhas " assim como foram chamadas pela mídia até serem afastadas do caso. Alguém matou uma moça e nem venham me dizer que ela ainda está viva, o Drº Quaresma já diz isso o tempo inteiro.

Tá tudo errado!!! O advogado é um tipo pra lá de suspeito, foi capaz de defender o mandante do assassinato da Doroty Stang, aquela missionária. Pior ainda,defendeu um homem que matou em frente as câmeras a queima roupa com nove tiros uma cabeleireira em São Paulo e te digo que a ficha dele é pra lá de extensa e não pára por aqui. Depois, uma moça de conduta duvidável que nos faz questionar: teria ela planejado algo? Na sequência um rapaz bem sucedido, porém totalmente descontrolado emocionalmente, que chegou a dizer em rede pública que " quem nunca saiu na porrada com uma mulher? " E para embolar ainda mais o meio de campo um amigo que tatua o nome do outro e que segundo testemunhas matou em prol dessa " amizade ". Até agora tento juntar os pedaços dessa história, como todo brasileiro não sou alheia a tanta informação e é claro tenho meus palpites. Engraçado tudo isso, num Brasil como o nosso o que nos leva a crer que alguém será punido? A punição deveria começar pelo advogado dos suspeitos por " Formação de Quadrilha " o que está em torno de 1 a 3 anos de prisão. Defende quase todos os envolvidos, não deixa que ninguém contribua com as investigações, mente, desmente, combina. Não seria formação de quadrilha? Outra coisa, sem cadáver segundo a lei brasileira não há crime... aff! Dogmas!!! Nesse caso como o povo tem pressionado muito, já acharam uma forma de contornar a lei rapidinho agora segundo procurador de Justiça Ivory Coelho Neto, que presidiu a Associação do Ministério Público (AMP) e hoje atua junto à 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça: — Não é preciso o cadáver para haver crime, é preciso corpo de delito. Ou seja, um conjunto de vestígios materiais de um crime. Se for o corpo da vítima, melhor. Mas servem também outros elementos, como sangue, pele, fragmentos de ossos — afirma.

Mais uma perguntinha... E será que ainda assim alguém vai ficar atrás das grades? Ou o verdadeiro culpado vai ficar por lá uma estadia de 5 ou 6 anos, pior ainda, será inocentado pelos demais? São apenas perguntas sem respostas. Ridículo! De tão vergonhoso chega a ser imoral. Fama, dinheiro, orgia, morte e claro uma pizza pra assistir esse filme.

Incrível como os crimes passionais vem assolando o país de uma forma trágica e descontrolada. Ainda hoje quando eu ia ao trabalho ouvi um grupo de senhores de meia idade que opinavam sobre o caso " Bruno " e eram diversas as opiniões, mas o que me chamou a atenção é que em todas elas o principal suspeito do caso era inocentado e a vítima duramente crucificada, tendo eu ouvido que "ela mereceu, afinal queria pensão alimentícia para viver uma vida boa ". Estupefata, continuei a ouvir os maiores devaneios e loucuras que eu poderia ter ouvido as 7:30 da manhã. Me pergunto onde foi parar o caráter, os princípios, a compaixão. Hoje é normal se ouvir falar em homens que matam companheiras, artistas, advogados importantes, jogadores. Será que essa moda pega? Cuidado moças... Se isso se torna plausível aos olhos masculinos estamos todas perdidas. Estaremos nós a Deus dará? Indiquem-me um segurança e avisem a todos que morrerei solteira por via das dúvidas. Ahhh e vale ressaltar que para os homens nem informação na rua darei de hoje em diante. Se é para ficarmos todos loucos começarei eu com essa loucura sóbria que detona uma nação inteira em apenas uma semana. Portanto se protejam como puderem meninas, pois o caos já foi implantado e seja o que Deus quiser...

Após muito tempo sem escrever, retomei minhas atividades com tudo. Aliás muita coisa tenho retomado, coisas que perdi por deixar simplesmente de gerenciar, como as rédeas da minha própria vida. Vou recomeçar deixando para vocês um pensamento lindo de Clarice Lispector, que diga-se de passagem é uma de minha autoras preferidas, acho que acabamos por ver a vida da mesma forma e claro, eu não poderia guardar somente para mim algo que a cada frase nos faz viver uma nostalgia boa e reflexiva. Portanto espero que curtam! Até amanhã...


Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

Clarice Lispector

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