Em nome de Deus ou do poder?
Ontem eu estava lendo a Revista VEJA dessa semana 01/02/2011 e vi uma matéria que me chamou bastante atenção. Foi feita uma entrevista com uma ex-muçulmana que dá apoio e assistência a pessoas que como ela não desejam mais fazer parte da religião aplicada no Irã.
Como ela, não pude deixar de revelar minha indignação quando ela trata tão claramente de assuntos tão reais e cruéis como execuções em plena capital Teerã, que diga-se de passagem foi tbm filmada e exibida em rede nacional no país.
Fiquei chocada ao saber que na condenação à morte por apedrejamento, os acusados são enterrados quando homem, até a cintura, quando mulher até a altura do peito, envoltos por um pano, como um tipo de mumificação e pedras lhes são atiradas inclusive pelos maridos traídos e suas famílias. O detalhe mais sórdido é que as primeiras pedras não podem ser grandes o suficiente para matar, afim de que a pessoa sofra, que a morte seja mais lenta. Durante o ritual (pois para mim isso nada mais é do que um ritual e dos que mais parece de magia negra, de tão cruel) um médico analisa a pessoa de tempos em tempos para atestar que esta já morreu.
E o pior de tudo isso é saber que o Brasil mantêm relações diplomáticas com uma nação do tipo e que o governante do seu país teve a coragem de chamar ninguém menos que Ahmadinejad de "amigo". Sinceramente, espero mais para nosso futuro e intervir é mais do que uma decisão é uma obrigação de países que se dizem tão ativos e participantes dos direitos humanos e da ONU.
Um regime assassino, que deixou de ser religioso e que usa destes artifícios para um certo "controle" sobre a população. Vejo que é hora do mundo tomar posições perante tanta barbárie, dar apenas exílio é muito pouco quando de se trata de milhões de habitantes, afinal nem todos podem ou tem coragem para partir em busca de um novo mundo.
Cruel, triste e louco. Em pleno século XXI, com a informação ao alcance de todos em questão de segundos, somos obrigados a conviver com um talibanismo que mata à luz do dia e que sai sempre impune usando o nome de Deus.
Falei e disse!
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