O certo e o incerto

São tantas as perguntas, que não consigo me orientar entre uma resposta e outra. Simplesmente me perco indo ao encontro de minhas dúvidas. Se existe o certo e o incerto, sempre existirão espaços entre um e o outro e é nesses espaços que moram o que eu procuro. É na falta das respostas, no duro questionamento, na filosofia da incerteza, do quem realmente eu sou que me encontro, me compreendo. Preciso definir os limites de até onde eu posso ir, até onde é seguro caminhar. Não levarei meu coração a você e o entregarei sem garantia alguma. Não é de meu feitio deixar que eu me torne vítima do que eu sinto. Se há perigo, me instiga, se há segurança, me acalma, se há terremotos, me desorienta. Gosto de pisar em terras firmes, quero deixar pousar na tranquilidade meu coração inquieto, preciso que ele aprenda a não se rebelar toda vez que discorda, que se sente acuado. Me vejo flutuar em sonhos que talvez não irei viver, mas quero pagar o preço, algo me diz que não devo prosseguir, que o melhor seria voltar. Não entendo a relutância em desistir, a dúvida me excita realmente, mas ir até o fim pode até sanar minhas curiosidades, porém lá talvez eu descubra que não há saída e de novo o certo e o incerto... E voltar depois de tanto caminhar pode não ser a melhor das escolhas e quando penso no estático, quase enlouqueço. Gosto da liberdade de sentir, de escolher, de compreender-me como eu bem quiser. O que hoje é tão doce pode vir a amargar depois de um certo tempo e não há como eu premeditar toda a dor ou sofrimento que isso possa me causar. Tenho medo e juntamente com ele tenho vontades. Você pode não ser o melhor para mim, mas é o que eu no momento quero viver. Essas sensações que me consomem são as mesmas que um dia me farão ver a cor cinza da escuridão e ainda assim eu quero seguir em frente.

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